Para descansar o coração

Houve um tempo em que eu assistia a vídeos de ballet para acalmar meu coração. Curto ou longo, não importava, era o meu respiro no dia.

Já contei algumas vezes que o ballet e eu estamos distantes, ele parece um outro mundo para mim. Parecia. Pesquisando nos meus arquivos, para publicar no blog, encontrei um vídeo há muito tempo guardado. Assisti do começo ao fim e fiquei feito manteiga derretida sob o sol do meio-dia. A música, a coreografia, as bailarinas, o som das sapatilhas de ponta batendo no palco. Uma delicadeza.

Onze anos atrás eu escrevi o texto “Da solidão” ao som dessa mesma música. Pelo visto, ela tem algum encanto sobre mim.

Hoje não tem texto longo, hoje não tem questionamento, hoje não tem informação. Como muitas pessoas, estou cansada, muito cansada. Quem compartilha desse mesmo sentimento, que essa delicadeza também acalme o seu coração.

Clair de lune, coreografia de Maria Chugai, Het Nationale Ballet/Dutch National Ballet, 2016.
Para assistir a um vídeo dos ensaios, aqui.

Basílio e as amigas de Kitri

Toda vez que assisto a esse pas de trois, eu só consigo prestar atenção numa pessoa: Mikhail Baryshnikov. Que homem, que bailarino, que artista!

“Basílio e as amigas de Kitri”, Dom Quixote, American Ballet Theatre, 1983.

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Observação: Aproveitando o ensejo, eu respondi todos os comentários feitos desde agosto de 2016. Desculpem a demora! Se alguém perguntou algo nesse período, corre lá para ler.

Novamente, as odaliscas

Eu percebo o tamanho do meu amor por uma coreografia quando costumo repeti-la no blog. Tento evitar, mas é sempre bom assistir a várias versões de uma mesma obra.

O pas de trois das odaliscas, de O corsário, foi publicado três vezes, em dois posts diferentes (aqui e aqui). Inclusive, esta mesma montagem do Bolshoi, mas com outras bailarinas.

Mas é tão lindo e gosto tanto desse figurino… Não há problema em assistir novamente, e tantas outras vezes, não é?

Pas de trois das odaliscas, O corsário, Bolshoi Ballet (Olga Kishnyova, Anna Okuneva e Anna Tikhomirova), 2012.