No dia primeiro de fevereiro de 2009, abri este lugar com um texto de Santo Agostinho, “Eu louvo a dança”. Não expliquei o que era, apenas comecei. Ao completar um ano, pensei em uma gala fictícia, em que as leitoras escolheram o quê e com quem queriam dançar.
No ano seguinte, a comemoração foi pessoal, eu e meus questionamentos se sou ou não uma bailarina. Depois, três pas de trois para comemorar três anos. Em 2013, foi a vez de questionar por que o blog existe. No aniversário de cinco anos, cinco leitoras-amigas contaram suas histórias com o “Dos passos da bailarina”. Por fim, no ano passado eu respondi a uma série de perguntas de vocês.
Chegamos aos sete anos. Para termos uma noção de tempo, quando o blog surgiu: alunas e alunos do baby class ainda não eram nascidos; as redes sociais não tinham tanta força e alcance; não existiam os youtubers e seus canais com milhões de assinantes; não questionavam a inexistência da diversidade nas companhias de dança; alunas adultas eram sempre vistas como bailarinas frustradas; não tínhamos acesso aos bastidores, aulas, ensaios e espetáculos das grandes companhias; era difícil conseguir informações e material de estudo sobre dança.
O tempo passou e, ainda bem!, trouxe mil possibilidades. Por essa razão, nem sempre consigo enxergar neste espaço uma função clara, a não ser compartilhar a minha visão do ballet clássico. Então, por favor, gostaria que vocês respondessem nos comentários a duas perguntas: O que vocês sentem falta de ver no blog? Na visão de vocês, o que só existe neste blog?
Muito obrigada a quem sempre acompanhou o “Dos passos da bailarina”, não importa o tempo. Ele só existe por causa de vocês.
Por fim, vamos comemorar dançando um pas de sept?
“Dança russa”, O lago dos cisnes, Bolshoi Ballet.