Um dos meus livros de dança mais queridos é o Dançar a vida, de Roger Garaudy. Eu o citei no post “Os meus livros de cabeceira“, mas preciso falar com mais profundidade. Talvez um outro dia.
Hoje, relendo algumas passagens, me fixei nesta parte do prefácio escrito por Maurice Béjart. Para ler, reler e pensar a respeito.
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“A dança não é apenas um espetáculo, e o entusiasmo de um público novo e fervoroso não levará a parte alguma se uma profunda revolução não lhe devolver seu lugar no seio de uma sociedade que busca definição.
“Dançar é tão importante para uma criança quanto falar, contar ou aprender geografia. É essencial para a criança, que nasce dançando, não desaprender essa linguagem pela influência de uma educação repressiva e frustrante. É preciso que cada um de nós, ao sair de um espetáculo de dança que o tenha entusiasmado, se debruce sobre esse problema e o encare ao nível da existência e não apenas no do espetáculo, transpondo desse modo a satisfação interior para o plano da participação duradoura.
“O lugar da dança é nas casas, nas ruas, na vida.”
Maurice Béjart, trechos do prefácio de Dançar a vida, de Roger Garaudy.