Eu comecei 2011 com um vídeo do espetáculo Eonnagata, com a musa inspiradora deste blog, a Sylvie Guillem. Disse que “acho importantíssimo abrirmos os olhos, o corpo, o coração, a mente e a percepção para a dança de diferentes maneiras.” A minha ideia era permear o ano com posts que iriam além do ballet clássico. Tenho cá para mim que consegui.
Neste ano, voltei às aulas e, mesmo assim, não contei detalhes no blog. A minha intenção foi ir além da minha experiência pessoal, e acho que consegui novamente.
O resultado disso? Nunca as leitoras e os leitores deste espaço compartilharam tanta informação. Assisti a vídeos e li textos que desconhecia completamente. Sem falar na página do Facebook, em que o compartilhamento é ainda maior! Aprendi imensamente. Muito obrigada a cada um de vocês. Nem sempre eu respondo da maneira que deveria, mas saibam que eu assisto e leio tudo. Nada passa batido por mim, tenham certeza.
Para terminar o ano com a mesma ideia do começo, um trecho de Wet Woman (1996), de Mats Ek, com Sylvie Guillem.
Fico pensando: Como uma bailarina vista como o exemplo vivo da perfeição enxerga a dança com olhos tão diferentes da maioria dos bailarinos e bailarinas? Como ela pode pensar a dança de uma maneira tão crítica e consciente, sem jamais se deslumbrar? Isso é para todos nós pensarmos neste fim de ano. A dança não é essa busca insana pela perfeição. A dança é outra coisa. Mas essa discussão nós começaremos quando 2012 chegar.