No texto “Dentro do possível“, falei sobre a importância de dançar coreografias de acordo com o nosso nível. A meu ver, isso diminui consideravelmente a frustração de tantas bailarinas e bailarinos amadores, por não conseguirem dançar adequadamente as coreografias mais difíceis.
É prática comum as professoras e os professores criarem coreografias especialmente para os espetáculos dos estúdios, ou adaptar coreografias de repertórios. Eu sou a favor de uma terceira via: coreografias de repertórios de acordo com o nível de cada um. Não há um certo encanto em conseguir dançar uma coreografia original?
Assistam a esta variação do ballet Marco Spada, com a Evgenia Obraztsova. Iniciantes nas pontas, mas com um certo domínio por causa da diagonal, ou alunas na meia-ponta conseguirão dançá-la facilmente.
Variação, Marco Spada, Bolshoi Ballet, Evgenia Obraztsova.
Se alguém se assustou com o grand jeté no final, ele não precisa abrir completamente, a saia longa consegue disfarçar.
Quando passamos a analisar as coreografias com esse olhar, encontrar aquelas que condizem com as nossas habilidades é bem mais fácil. Agora é pesquisar e assistir a muitos vídeos. O que, convenhamos, não é nada ruim de ser feito.