Se há um termo que me incomoda demais é o tal “blogueira”. Quando me chamam assim, eu tenho um leve estremecimento. Sei que, hoje em dia, isso é praticamente uma profissão e há quem ganhe dinheiro com um blog. Não é o meu caso. Eu sou revisora e preparadora de textos. Trabalho com livros. Ponto. Daí vem o meu sustento e gosto muito do que faço.
Mesmo assim, quando alguém conhece mais a fundo os números e alcance do meu blog, sempre surge um “ganhe dinheiro com isso”. E para explicar que não é o que eu quero?
Talvez, por eu nunca ter visto o blog como um produto – e olha que sou publicitária de formação! – não havia percebido que o utilizei no caminho inverso, para divulgar muita coisa. Escolas de ballet, por exemplo.
Durante quase três anos, mantive uma lista de escolas e estúdios do país inteiro. Fico feliz que várias pessoas começaram ou voltaram a fazer ballet por terem encontrado indicações aqui no blog. Mesmo assim, não a manterei mais. Não quero cobrar pelo espaço. Por outro lado, se divulgo as escolas gratuitamente, isso pode ser visto como um aval da minha parte. E não é o caso. Só assino embaixo e me responsabilizo por aquilo que eu faço e digo. O restante, não me diz respeito.
Dessa forma, as menções a estúdios de dança foram retirados do blog. Não há mais lista de escolas, parceria e blogs de professores que divulgam seus serviços. É uma maneira de manter a minha isenção.
Na página “Links”, mantive as grandes escolas de formação: Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Escola de Dança Maria Olenewa, Escola de Dança de São Paulo e Escola de Dança do Teatro Guaíra. Elas sempre terão menção irrestrita neste blog. Ademais, eu posso divulgar cursos de outras escolas e estúdios, desde que eu ache pertinente, mas sem ganhar um centavo por isso.
Não, não aconteceu nada para que eu tomasse essa atitude. Só não quis mais que o Dos passos de bailarina também fosse utilizado para divulgação. Espero, sinceramente, que vocês entendam isso.
Agora, voltemos à programação normal.