Há dias em que apenas a beleza nos salva dos períodos nublados da vida e a delicadeza do Pássaro Azul, de A Bela Adormecida, é perfeita para isso.
Neste vídeo, assistimos apenas à coda, bem diferente dos 32 fouettés bem comuns nessa parte. Além disso, que musicalidade da Yuhui Choe! Impossível não voltar a sorrir.
Coda do grand pas de deux Pássaro Azul, A Bela Adormecida, Yuhui Choe e Alexander Campbell, Royal Ballet 2011/2012.
Em uma tarde qualquer, uma música chega sem avisar e não sai da nossa cabeça. De repente, a coreografia também surge em nossa mente. Assim ficamos entre música e coreografia, coreografia e música, então reconhecemos a bailarina, a companhia, o figurino, dançamos em plena sala de casa e nada! Não conseguimos lembrar nem qual é a música, tampouco de qual repertório ela faz parte. Não sei vocês, mas sinto uma imensa agonia quando isso acontece.
Se eu não descubro sozinha, duas amigas bailarinas costumam me salvar, a Cyndi ou a Julimel. Hoje foi a vez da primeira.
Comecei a fazer flamenco, abandonei as aulas pouco tempo depois, mas ainda o estudo por conta própria, igual ao ballet. A minha barra fixa foi a minha companheira por muitas horas ao longo deste ano.
Reconheço, eu deixei o blog de lado, mas queria cuidar um pouco mais da minha vida. Quem sabe eu volte a compartilhar as minhas experiências, tal como eu fazia lá no começo. Aliás, o Dos passos da bailarina fará sete anos, nem eu imaginava que chegaria tão longe.
Enfim, poucos acontecimentos que mudaram o rumo de muitas coisas.
Vamos terminar com uma coda? Para fechar 2015 como deve ser.
Coda, grand pas de deux do terceiro ato, Dom Quixote, Mariinsky Ballet, Leonid Sarafanov e Olesya Novikova.