Para o mundo, o ano de 2016 não pode ser resumido em uma palavra, mas como foi difícil! Para cada um de nós, nossas histórias nos levaram para caminhos bons, ruins ou nem tanto; há quem teve um ano lindo, há quem teve um ano triste, há quem não está nem lá nem cá, mas, no fim das contas, chegamos todos até aqui. Só por isso, vamos celebrar.
Assim, escolhi uma variação doce, alegre e encantadora simplesmente para agradecer.
Nos vemos logo ali, em 2017.
“Variação do Baile”, Cinderella, Het Nationale Ballet/Dutch National Ballet, Jurgita Dronina, 2014.
Essa é a versão contemporânea de Alexei Ratmansky para Cinderella. A estreia aconteceu em 2002, com o Kirov Ballet. Não assisti ao espetáculo completo, mas gostei bastante dos trechos que vi, especialmente porque a Evgenia Obraztsova é uma Cinderella perfeita!
Vamos fazer o exercício de prestar atenção nos passos de ballet clássico presentes nesta coreografia?
Monólogo de Cinderella, “Cinderella”, de Alexei Ratmansky, Evgenia Obraztsova.
Ano passado, escrevi o post “E ninguém viu…” sobre fazermos passos em qualquer lugar e, com isso, realizarmos movimentos mais difíceis, justamente, porque não temos essa pretensão naquele momento.
Mas como hoje quero falar sobre coisas tranquilas, pensei além: quando saímos dançando pela casa. Não digo um passo ou outro, mas quando nos soltamos e dançamos, seja uma querida variação, uma coregrafia já apresentada ou alguma criada naquele momento. Imagino quantas coreografias lindas devem ter surgido na sala, na cozinha ou no quarto de tantas casas pelo mundo.
Vocês acham que não sou assim? É uma maneira de aplacar a minha vontade de dançar. Já criei tantas coreografias que ninguém sequer desconfia… Além disso, eu amo dançar descalça e só consigo fazer isso na minha casa.
Aposto que vocês fazem a mesma coisa, não é? E não estamos sozinhas, a Cinderella também dança enquanto está limpando a sala.
Segunda variação, “Cinderella”, The Birmingham Royal Ballet, Elisha Willis.
Não é bonito pensar que, neste exato momento, há várias bailarinas e bailarinos dançando sem plateia pelo simples prazer de dançar?