Semana passada não teve publicação. Nesta, não poderia deixar passar. Mas quem disse que consegui escrever um texto como deveria? Há sete dias, perdi a minha avó materna e ainda não consigo me mover no mundo. Sabe quando estamos meio fora de órbita? É assim.
Eu ainda não montei a árvore de Natal, eu não estou no clima natalino, mas hoje este vídeo me iluminou por dentro. Como um pisca-pisca mostrando que a beleza existe e também mora em uma bailarina e um bailarino. Neste caso, a Isabella Boylston e o James Whiteside dançando o grand pas de deux de O Quebra-Nozes.
Assim como este vídeo acalentou o meu coração, espero que aconteça o mesmo com vocês. A arte salva, como me salvou hoje mais uma vez.
“Grand pas de deux”, O Quebra-Nozes, American Ballet Theatre, Isabella Boylston e James Whiteside, 2020.
Harlequinade (1900) é um ballet de Marius Petipa com música de Riccardo Drigo. Quem não conhece o pas de deux e as variações masculina e feminina? Famosos em festivais e competições pelo mundo afora, essas coreografias tão conhecidas não fazem parte da obra original, sabiam? Elas foram criadas por Pyotr Gusev na década de 1930 e com outras músicas de Riccardo Drigo. Para saber mais, clique aqui.
Em 2018, Alexei Ratmansky fez a reconstrução* de Harlequinade (1900) para o American Ballet Theatre. Esta é a “Variação da Colombina”, dançada pela bailarina Skylar Brandt. Não é uma graça?
“Variação da Colombina”, Harlequinade, reconstrução de Alexei Ratmansky, Skylar Brandt, American Ballet Theatre, 2020.
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* Reconstruções são montagens muito próximas das ideias de seus criadores. Para isso, pesquisam-se notações coreográficas, documentos históricos, vídeos, depoimentos de participantes das montagens originais e demais materiais que ajudem a recompor o repertório.