Luísa Righeto, uma bailarina brasileira em Nova York

Quem acompanha este blog há bastante tempo sabe do meu amor por Martha Graham. Uma busca pelo arquivo é o suficiente para encontrar bastante coisa. Por isso, quando fico sabendo de alguém que estudou a sua técnica na escola que leva o seu nome, meus olhos brilham. É o caso da Luísa.

Foto: Luísa Righeto | Acervo pessoal

Luísa Righeto é uma bailarina brasileira que se mudou para Nova York em 2014, dois anos depois de terminar a faculdade de dança na Universidade Anhembi Morumbi. Tão logo chegou à cidade, o que ela fez? Isso mesmo, foi estudar na Martha Graham School.

Vamos dar um salto e ir para o seu trabalho mais recente, o videoclipe “Indecisão”, da cantora brasileira Nina Alves, em que ela faz um duo com o bailarino também brasileiro Alexandre Barranco. Quem se lembra de “Torn”, da Natalie Imbruglia? Sim, é uma versão desse sucesso que, provavelmente, só a turma mais velha vai se lembrar!

Nina Alves, “Indecisão” (Torn)

Ainda no Brasil, Luísa dançou no Grupo Jovem da Cia Danças Claudia de Souza e na Caleidos Cia de Dança. Nos Estados Unidos, desde que se formou na Martha Graham School sua carreira se consolidou: fez parte do projeto House of the Roses e dançou com a Coyote Dance Company e a Alison Cook Beatty Dance. Também dá aulas de dança criativa e moderna para crianças de 4 a 11 anos em escolas públicas de Nova York. Desde 2018, Luísa faz parte da Infinity Dance Theater, companhia de dança de artistas com e sem deficiência (Aliás, guardem esse nome, porque falarei dela novamente mais para frente, quando conversarmos sobre bailarinos e bailarinas com deficiência). Há pouco tempo, ela foi nomeada artista associada da companhia, ampliando a sua atuação como profissional de dança, sem falar na importância desse trabalho.

Há muitos artistas brasileiros morando e trabalhando em Nova York, nas mais diversas áreas. Luísa Righeto está lá, construindo com sua dança e seu conhecimento a sua própria história nessa cidade.

Rose Fairy dançando a Valsa das Flores

Dia desses, passeando pela timeline do Twitter, me deparei com este vídeo: Mayara Magri linda, musical e impecável dançando um trecho da “Valsa das Flores”, em O Quebra-Nozes. Mesmo diante de um momento difícil da minha vida, ela colocou um sorriso no meu rosto e afagou meu coração.

Independentemente de como 2022 aconteceu na sua vida, que esses dois minutos também alegrem vocês. Em breve, 2023 estará batendo à nossa porta e daí vamos conversar sobre dança e como as coisas vão acontecer por aqui. Até lá, vamos valsar.

Feliz Natal e um Ano-Novo reluzente para vocês!

The Nutcracker – Rose Fairy performance (Mayara Magri, The Royal Ballet)

Para afagar um coração angustiado

Há tempos eu não publico, porque a vida anda difícil demais. Mas o ano está acabando e vamos pensar que vai passar. Uma hora, vai passar.

Dia desses, li um poema muito bonito e queria compartilhar com vocês. Se alguém por aí também está passando pela tempestade, que essas palavras acalentem o seu coração, como elas fizeram com o meu.

“Nós vamos dançar, depois da hora mais escura,
ainda cansados de tudo, mesmo que sobre os escombros.

Nós vamos dançar de novo.”

Sabrina Abreu