No antigo “Dicionário de Repertório”, eu expliquei o significado da palavra repertório no ballet clássico. No post “A Esmeralda original”, comentei brevemente que os repertórios passaram por diversas mudanças ao longo dos anos.
É impossível não existir a grande curiosidade: “Como eram as obras originais?” Assim surgiram as reconstruções, montagens muito próximas das ideias de seus criadores. Para isso, pesquisam-se notações coreográficas, documentos históricos e demais materiais que ajudem a recompor o repertório.
Vários ballets já foram reconstruídos, como O corsário, Giselle, Paquita, A Bela Adormecida, mas faltava uma a altura do mais emblemático, conhecido e amado de todos: O lago dos cisnes.
O responsável pela proeza foi Alexei Ratmansky, coreógrafo e ex-diretor do Bolshoi Ballet. Não é a sua primeira reconstrução, mas, provavelmente, é a mais esperada.
A estreia aconteceu neste mês, com o ballet da Ópera de Zurique. A minha intenção era aproveitar a oportunidade e fazer um longo texto explicando sobre repertórios, mudanças ao longo do tempo e reconstruções, mas a minha ansiedade em compartilhar o vídeo venceu. Por isso, escreverei outro dia.
Fiquem com o mais próximo da ideia original de Marius Petipa e Lev Ivanov para O lago dos cisnes. Eu fiquei muito emocionada, esse é o ballet que me encanta perdidamente.
Para mais informações:
“Alexeï Ratmansky reconstruit le Lac des Cygnes à Zürich”, Danses avec la plume, aqui.
“Time Has Told Me: Reconstructing Ballet”, The Ballet Bag, aqui.
Trailer de O lago dos cisnes, reconstrução de Alexei Ratmansky da obra de Marius Petipa e Lev Ivanov, ballet da Ópera de Zurique, 2015.
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Observação: Quem notou que a Odile não era um cisne?
Eu sempre quis saber como eram as obras originais! Muito precioso esse trabalho de reconstrução!
A propósito, essa reconstrução é sobre a versão de Marius Petipa, mas há versões anteriores à do próprio, as quais não fizeram tanto sucesso.
Natália Vasconcellos
nataliavasconcellos.86@gmail.com
Querida, você tem os links das outras reconstruções? Como posso achar? Gostaria muito de ver A Bela Adormecida – em especial Pássaro Azul.
Obrigada!
Vivi, não tenho o link das outras reconstruções, mas em relação ao Pássaro Azul da reconstrução de “A Bela Adormecida”, há um vídeo com o adágio completo. Não é no palco, mas em uma apresentação fechada: https://youtu.be/ZVQTJFPqvjE?t=3m13s É lindo demais! Grande beijo!
Meu Deus!!! PRE-CI-SO ver isso!
Estava pesando nisso ontem: em quanto são lindas essas montagens que mostram o cisne branco sofrendo enquanto o príncipe dança com o cisne negro. Mas isso é só uma das coisas lindas dessa montagem. Precisamos de um DVD disso, gente!
E não, eu não reparei que Odile não é um cisne… Aliás, o que demonstra que ela não é um cisne? rsrsrsrs
Eu não tinha reparado que Odile não era um cisne, quanto vi o comentário da Cássia, assisti o vídeo de novo e, pelo que observei, e o figurino dela que não tem penas.
Thais, é isso mesmo, o figurino sem penas da Odile. =)
acho que não ter 1 pena na roupa dela, hehe
Cyndi, é isso mesmo!
Rosane, também acho lindo quando mostram o sofrimento do cisne branco, torna a cena muito mais clara (e angustiante!). O que demonstra que a Odile não é um cisne: não há penas no seu figurino. 🙂 De acordo com uma matéria da Pointe Magazine, originalmente, a Odile era uma feiticeira, só depois ela foi transformada em cisne negro. Beijos!
Quando é mesmo que sai o próximo voo pra Zurique?
Quero. E quero AGORA.
O que seria dos ballets de repertório sem aquele que provavelmente é o seu símbolo mais emblemático, “O Lago dos Cisnes”?
Estou perdidamente apaixonada especialmente pelos figurinos ❤ Que lindeza! Mal posso esperar para poder ver!
Sarah, vamos fazer uma caravana para Zurique! ❤ Fique tranquila, assim que uma gravação desse ballet aparecer, eu a trarei para cá. Beijos!
Perfeito !!
Naiara, ótima definição, é mesmo perfeito!