A morte de Nikiya

Há quatro anos, os meus repertórios preferidos eram “Dom Quixote” e “La Bayadère”. Com o tempo e o estudo, isso mudou; hoje não morro de amores por nenhum dos dois, mas há determinadas passagens nesses ballets que gosto imensamente, como se elas conseguissem existir por si só.

Em “La Bayadère”, um desses momentos é a morte da Nikiya: a humilhação e a dor daquela mulher em dançar no noivado do homem que ama e, por fim, ser morta pela noiva do infeliz. Uma grande bailarina consegue passar a profundidade da cena sem caras e bocas, pois sabe que os movimentos da coreografia e a sua própria emoção falam sem necessidade de qualquer outro artifício.

Várias bailarinas são incríveis nessa cena, mas o meu amor é da Aurélie Dupont e dessa linda montagem da Ópera de Paris.

A morte de Nikiya, “La Bayadère”, Ópera de Paris, Aurélie Dupont.

6 comentários sobre “A morte de Nikiya

  1. Já assisti todas as montagens completas de La Bayadère disponíveis, mas nenhuma é tão linda e tão perfeita quanto a da Ópera de Paris!!! Foi a primeira versão que vi, e o que mais me chamou a atenção foram os cenários e figurinos, que são bem fieis aos trajes indianos originais. E realmente essa cena é bem mais profunda na versão da Ópera.

    Os ballets de Tchaikovsky moram no meu coração, mas se me perguntassem qual o meu ballet preferido ficaria na dúvida. São tantas peças maravilhosas que eu não saberia de qual falar primeiro…

    1. Mas se tem uma peça que quero dançar do começo ao fim no papel principal com certeza é “A Bela Adormecida”.

  2. Lindo, era exatamente desta montagem que me referia no último comentário feito aqui! 🙂

  3. Adorei! Toda dor representada com delicadeza.
    Nunca vi nenhuma montagem de La Bayadère inteira, depois dessa cena me sinto na obrigação de conferir!

  4. Muito bom! Gosto bastante da Aurélie Dupont. Não vi essa montagem toda, vi uma com a Zakharova, mas posso dizer que prefiro a Aurélie. É menos exagerado nas torções, mas mais intenso no sentimento.

  5. Amo Isabelle Guerin no papel, Cassinha. Ela é um pouco mais intensa, talvez por ter sido dirigida diretamente pelo Nureyev, mas tão linda quanto.Bjos

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