Não, mas muitas pessoas acham que sim.
Um adulto no ballet clássico? Só se for bailarino profissional. No máximo, alguém que dançou durante toda a infância e adolescência e resolveu voltar. É o que diz o senso comum. Começou tarde? Ficará eternamente no nível iniciante.
Em primeiro lugar, vamos definir o que significa “ballet adulto”. De maneira geral, a formação de um bailarino começa na infância, entre os 7 e 9 anos, e termina na adolescência, entre 15 e 17 anos. Estou falando em média, mas não vai muito além disso.
Quando alguém começa a fazer ballet a partir dos 18 anos ele é um… adulto. Logo, a primeira função desse termo é designar a faixa etária das turmas. Quando você vê “ballet adulto” sabe, de antemão, que os alunos são mais velhos e maiores de idade.
Outro ponto importante é que as aulas são ministradas de uma outra maneira. Adulto é adulto, adolescente é adolescente e criança é criança. Parece óbvio? Diga isso a uma professora que trata suas alunas de 30 anos como se elas estivessem em fase de crescimento e espera anos para iniciá-las nas pontas. Não sou especialista em anatomia ou biomecânica, mas sei que a banda toca de um outro jeito para quem já cresceu tudo o que tinha de crescer.
Há outra diferença? Nenhuma. A técnica deve ser dada em todas as turmas, não importa a idade. Claro, as exigências serão maiores nos cursos de formação, mas aí o objetivo é outro. Nunca compare formação profissional com prática amadora: serão diferentes em qualquer lugar do mundo.
Mesmo assim, ballet clássico é ballet clássico. Técnica clássica é técnica clássica. Se nas suas aulas você não sai do plié, alguma coisa está errada. E estou falando sério. Ballet adulto iniciante é só uma etapa. Há outras tantas pela frente, e quem fala o contrário, não sabe o que está falando.
Vamos parar com essa história de que adultos no ballet são coitadinhos frustrados? Eu não estou brincando de dançar e aposto que vocês também não.
*
ATUALIZAÇÃO: Só deixar claro duas coisas que estão gerando confusões nos comentários.
1. “Ballet adulto” não é uma marca, é um termo que designa especificamente turmas de adultos que fazem ballet clássico, tenham começado depois dos 18 anos ou voltado a dançar depois de muito tempo. Marca é uma representação de um produto ou serviço, mediante registro nos órgãos competentes. Caso alguém registre o termo seguido de algum complemento que o especifique, sim, é marca. Não confundam, uma coisa nada tem a ver com a outra.
2. O tema do post versa especificamente sobre o “iniciante” subsequente a “ballet adulto”. Questiono o fato de adultos serem vistos como incapazes de prosseguirem nos estudos de ballet clássico. Só! Volto a afirmar: ballet clássico é ballet clássico. Qualquer outra coisa que advenha disso, não faz parte do meu texto, tampouco corresponde a minha opinião.
Olá,
Fiz aulas de balé dos 3 aos 11 anos.
Resolvi voltar aos 33 anos com profissionais que eu descobri que são amadores na minha cidade. São bailarinos que resolveram dar aulas, não tem técnicas específicas. Ok. Até então eu estava super empolgada! Balé sempre foi um sonho pra mim. Entrei na turma adulto (iniciante). Conversando com as meninas e meninos após 6 meses de aulas e muitas repetições dos mesmos passos simples tendu e plie e fazer as posições dos pés e mãos, comecei a ficar altamente desestimulada. Pedi para ir para a turma um pouco mais avançada, a minha professora disse que a minha idade não permitia fazer os movimentos e performance das outras da turma adulto intermediário. Hoje na aula o professor passou Arabesque e justo com o que descrevi acima disse que será tudo o que veremos o ano inteiro. Eu estou no chão! Eu acredito que tenho potencial pra muito mais!!!! Tivemos aula com uma professora substituta que em 1 aula nos ensinou muito mais do que em 6 meses de aula. Estou muito triste. Todos os dias meu professor fala que somos velhos e que nosso corpo não aguenta mais nada além daquilo ali… O que vocês acham????
Olá!
Eu comecei no ballet muito cedo aos 4 anos, mas acabei por desistir aos 11/12, sendo assim só fiz até ao grau 4, e gostava muito de começar de novo a praticar ballet agora já com 14 anos! Mas tenho uma duvida : eu agora teria de fazer o grau 5 e continuar por aí fora?; ou iria para o grau dom os meus respectivos anos (intermedian foundation)?
Obg bjs
Maria, como você parou há pouco tempo, uns dois-três anos atrás, não precisaria de tanto tempo para relembrar o que aprendeu. Mesmo assim, a melhor maneira de sanar sua dúvida é perguntando à professora que lhe dará aula, porque ela poderá avaliar em qual nível você se encaixa hoje. Grande beijo.
Nunca pude fazer ballet quando pequena devido as condições financeiras dos meus pais, e sempre sonhei com isso. Amo dançar, tenho muita flexibilidade e praticava em casa mesmo. Hoje estou com 22 anos. Não há mesmo nenhuma possibilidade de um dia eu me tornar uma profissional? Estou bem triste com isso. 😦
Karina, depende. Se você pretende ser uma bailarina clássica profissional, começando aos 22 anos, é mesmo muito difícil. Agora, se quiser em outras modalidades, há chances sim, fique tranquila.
Fiz uma busca no Google…ballet adulto iniciantes metodologia é encontrei essas postagens.
E porque?
Ontem comprei todo o uniforme porque amanhã começo minhas tão sonhadas aulas de ballet aos 50 anos.
Desde sempre eu quuis isso pra mim.
Minha mãe tinha meus irmãos menores pra atender e esse meu desejo não foi priorizado quando eu era criança.
A vida seguiu e a oportunidade não aconteceu. Segui fazendo outras atividades…capoeira, judô, musculação…atividades que pudessem manter o meu corpo ativo.
Essa semana passei em frente à uma escola de ballet que tinha uma turma adulta não avançada.
Não tive a menor dúvida…me matriculei.
Não sei como esse filme vai rodar, mas sei do meu sonho é sonhos não envelhecem.
Christinna, fiquei imensamente feliz com o seu comentário! E como foi o começo das suas aulas? Espero que tudo esteja acontecendo como você sempre quis. 🙂 Imenso beijo.
foi maravilhoso pra mim ler esse post e depois os comentarios, tenho 27 comecei o ballet classico aos 18 e permance no plie e tendus até bem pouco tempo trás, estava numa escola bem conceituada aqui do recife mas eles só queriam mesmo era o dinheiro dos adultos,passei um ano e meio sem praticar até que encontrei no youtube o video do balletadulto KR me enchi de esperanças e voltei agora em um estudio bem pequeno mas com uma super professora que realmente se dedica ao ensino do ballet para adultos. em meses conseguir executar movimentos que nunca me foram ensinados em 4 anos na tal escola conceituado e hoje 2 anos após percebo que eram movimentos basicos com assamblés e piruettes. quero dizer as meninas-mulheres futuras grandes bailarinas(ser amador ou do ballet adulto não significa que voce não é uma boa bailarina, ou que nunca será. significa que você não é profissional). amo ballet, comecei tarde, mas sou bailarina :).
hoje eu faço aulas na turma intermediaria mas sempre que tenho tempo disponivel faço aula com o iniciante, ajudo como monitora (sem ganhar nada) só para que outras meninas-mulheres não se sintam como me sentir ou não desistam como eu desistir.
OIiii! Sou aqui de Curitiba, li o artigo e fiquei fascinada! Dancei até os 16 anos ballet e gostaria de voltar, pelo prazer de dançar! Tem alguma academia de ballet aqui em Curitiba que oferece o ballet adulto?
Tenho 26 anos, nunca dancei e estou iniciando o sonho de dançar ballet na academia Madiana Romcy em Fortaleza.
Não só pelo fato de ser um sonho, mas porque busquei também todo tipo de exercício físico e não me adapto em nenhum. Nunca gostei de academia, vou 2 vezes por semana forçada e conto os minutos para ir embora. Eu gosto mesmo é de dançar. E tenho uma identificação muito grande com o Ballet. Eu passo horas no you tube assistindo a apresentações de ballet. Tenho certeza de que isso me traria muita satisfação. Seria um exercício que me traria prazer em fazer.
Claro que aos 26 anos, uma adulta iniciante no ballet não pode esperar virar profissional. Mas quem disse que quero ser profissional? Eu fiz outra faculdade, tenho outra formação e trabalho em outra coisa. Sou Arquiteta e Urbanista e Pós-Graduada! Ou seja, essa é minha atividade profissional!
Mas não é por isso que quero fazer ballet só por fazer um exercício físico ou para passar o tempo. Isso eu fazia na musculação. Quero chegar ao meu máximo. O máximo da técnica que eu conseguir e meu corpo permitir.
Justamente pelo medo de não ser levada a sério é que procurei uma Escola de Dança com foco apenas no Ballet. Quero que me levem a sério. Quero que me cobrem, quero que me ajudem a chegar quão longe eu conseguir.
Agora que decidi criar coragem de realizar meu sonho aos 26, eu não vou desperdiçar numa escola de dança que não esteja interessada em me desenvolver ou que ache que estou ali para passar o tempo. Quero uma que me ajude a crescer como bailarina.
Quem de voces estiver em dúvida quanto a idade certa para dançar, esqueçam tudo. Tenho 42 anos e comecei este ano a dançar ballet (em companhia da minha filha de 15 que dança tudo desde os 4 anos) e estou indo muito bem, talvez o esforço seja maior do que o de uma menina, mas a satisfação também é maior. Já comprei a minha primeira ponta (só vou começar a a treinar o ano que vem, mas tô adorando olhar pra ela). A idade está na cabeça da gente. E quem não gostar, que fique em casa engordando.
Vou indo, tenho aula daqui a pouco, e não posso me atrasar, afinal, sou uma bailarina bastante aplicada . Bjs a todas
eu dancei ballet até os 15 anos e depois abandonei completamente qlq tipo de exercício…
A minha maior dificuldade desde criança sempre foi a flexibilidade…retornei ao ballet aos 29 anos…e já estou no terceiro indo pro intermediário no ano que vem e iniciando os trabalhos ponta…
Claro que começar aos 20/ 30 anos não vai fazer de vc uma profissional, mas dá pra brincar..rs!
O ballet é uma paixão…é o unico exercício capaz de me tirar de casa para suar…rs!
Se foi contorcionista um dia, não vai ser a falta de flexibilidade q vai te deixar arrasada (como eu fico..rs), mas a melhor coisa pra começar é não criar expectativas e se entregar, lógico!
Olá,
Meu sonho de fazer ballet foi adiado por muito tempo, agora já estou com 31 anos,
Na minha cidade não havia ballet, então comecei a alongar sozinha e virei contorcionista dos 9 aos 15 anos, fiz muitas apreentações em festas e circos, misturando dança ginastica e contorcionismo, depois entrei na capoeira até os 17 mas nada substitui a vontade de fazer ballet.
Vim morar no Rio com 18 e acabei dando prioridade a outras coisas, deixando o tempo passar.
Será que ainda da tempo?? rsrs
bjs
Giosete/Josy
Josy, eu comecei aos 27 anos. Você tem apenas 18, ou seja, ainda há muito tempo pela frente… Comece as suas aulas numa boa.
Beijos.
Acredito que não deve haver diferenciação entre alunos adultos ou crianças,afinal o ballet(essencialmente) é o mesmo para todos. Ao mesmo tempo acho totalmente infeliz professores que tratam alunos adultos como se fossem crianças,no sentido de achar que idades diferentes podem desenvolver mesma flexibilidade,desmpenho,atenção. E sabemos bem que não é desse jeito.Crianças são mais flexíveis. Adultos,porém,dispõem de mais força de vontade e sabem lidar muito melhor com as adversidades(mas não estou generalizando). Por isso é simplesmente loucura o professor( e alunos também) ignorarem tais fatos.
Acho o termo ” ballet adulto” lindo. Porque reflete,transmite a ideia de que o bailarino deixou seus medos,vergonhas,entraves,opinião alheia e tantas outras coisas para trás,tudo em nome de um amor.
Pra mim, que a menos de 3 meses atrás nem sabia que meu pé tinha a tal da ” meia ponta” e hoje já subo na minha Gaynor extra flex da sacolinha amarela numa boa e sei fazer ronds de jambe direitinho, o que posso falar sobre “ballet adulto”?
As pessoas nivelam todo mundo por baixo, colocam um esteriotipo de que “vc é velha demais pra dançar balé” e esquecem que existem profissionais sérios que acreditam em vc e na sua força de realização. Durante dois anos eu passei na porta do Estúdio Anna Esmeralda e me dizia que um dia eu ia ter coragem de entrar alí…Porque eu me achava velha demais pra realizar meu sonho de dançar ballet. Acho que ballet adulto é muito mais do que uma marca ou do que uma maneira marqueteira de fisgar alunos perdidos. Pra quem consegue realmente LER e ENTENDER o que isso significa, é realização de sonhos e credibilidade na sua própria capacidade de ir muito além.
E eu amo minha escola de ballet! : )
Quem dera todos os professores de ballet ministrassem suas aulas sem fazerem distinção de idade,porque todos nós aqui sabemos que a maioria deles tratam muitos adultos que se encontram na dança como pessoas que não vão chegar a lugar nenhum só por que começaram tarde.
Eu já sofri muito por causa disso,já tive que aguentar risadas maldosas e até a própria professora me dizendo que eu não teria futuro nenhum no ballet clássico. Além é claro de todo mundo me dizendo que ballet é coisa de criança e não de adulto e que só dança bem quem começou cedo.Mas quer saber,tô nem aí pra esse povo,a dança foi feita pra todos e que se dane o resto.Se o ballet me faz feliz não têm sentido eu o deixar só porque os outros não concordam.
Espero que muitos professores e mestres em dançam estejam lendo seu blog Cássia,pois quem sabe assim eles se toquem e percebam que a dança não têm idade.
Karen,
Eu queria que você aceitasse as minhas profundas desculpas, eu não quis me referir à marca em si (imagina, você nem me conhece!!) Na verdade é o que faz as pessoas “leigas” a se identificarem e se animarem para começarem a fazer ballet na fase adulta. Acho que não teria como ser diferente. Mas quando a gente começa e se apaixona pela arte, você passa a querer mais. Quanto mais você você se desenvolve e passa a pensar como da mesma forma que os “profissionais” (estou falando da relação pessoa e arte, independente das habilidades físicas que são inerentes a cada pessoa (estava lendo uma entrevista do Baryshnikov, onde ele diz que reconhece as pessoas pela postura e que ninguém se move da mesma maneira) esses conceitos tendem a desaparecer. Por esses motivos, eu não gosto de me intitular de bailarina adulta (aliás nem foi o tema deste post). Eu quis apenas dizer que a partir do momento em que você atribui a si próprio uma classificação ou terminologia, sei lá, você inconscientemente se limita (eu pelo menos sinto assim). Foi isso que eu quis dizer. O ensino em si, não importa é sério, seríssimo aliás. É por ser tão sério, pelo que eu tenho lido, tem levado aos profissionais da dança a buscar outros caminhos para melhorar o desempenho dos profissionais e dos “adultos” iniciantes (essas coisas todas em relação à anatomia, técnica Alexander, o uso do pilates — e hoje se questiona a rigidez da seleção e da metodologia empregada nas grandes escolas, etc.). E o estudo dessas matérias tem beneficiado imensamente os adultos iniciantes ou iniciados, sei lá (tá vendo, eu nem sei como me referir às pessoas na nossa “condição”, rs). Antigamente não se falava em ballet adulto. As pessoas que não fizeram na infância, ficavam que aquela coisa na cabeça (do sonho que não se realizou) e parava por aí. Eu vivo neste país que não é o meu. E faço aulas neste esquema de aula aberta (a escola é uma escola forma profissionais desde a infância da forma tradicional), mas tem um link também dedicado exclusivamente aos “adultos” com seus respectíveis níveis — absolutamente iniciantes, iniciantes, geral, intermediário, avançado e profissional). Ocorre que eu faço essa aula aberta onde vão os iniciantes e os profissionais. e confesso que não é fácil. Eu fico lá porque não troco meu professor por nada desde mundo. O que acontece é que existe dentro da sala de aula uma divisão natural. Os profissionais não se misturam com os “amadores” ou “adultos”. Tanto onde eles se posicionam no espaço físico da sala de aula quanto na relação com as pessoas. Não cumprimentam, literalmente nem olham para a sua cara — não é por competição porque eu, por exemplo, sei que não vou chegar ao nível deles, mas tipo: não vou perder meu tempo com você, já que você não tem nada para me acrescentar. Há uma menina que fica na frente e faz tudo rápido para não te dar a chance de pegar o movimento. Fora as coisas que dizem: você está gorda, tem pneu, a roupa está assim. Não há generosidade ou solidariedade, um sorriso. Se você chega atrasada, ninguém mexe um dedo para te dar lugar na barra. No centro, as pessoas brigam por um lugar, abrem os braços e não querem saber se vão bater em alguém (aqui eles são super “territoriais”) E ele fica tentando orquestrar tudo, diminuir as diferenças e trata todos iguais, com a mesma seriedade e dedicação. Eu sei que é genuíno da parte dele. Eu sei porque eu vejo a alegria e satisfação quando ele vê que alguma melhora em um determinado assunto, por menos que seja. Vale muito e isso me faz continuar. Mas eu sinto que às vezes ele fica se justificando. Ele sem dúvidas é estudiosissímo (é daí de São Paulo) e pelo que tenho visto o método é muito sério e super responsável — evitaria tudo que pudesse danificar o corpo). Isso me instiga, testa meus limites, mas ao mesmo tempo (devido ao ambiente de hostilidade) eu ainda me sinto um peixe fora d’água. Então eu acredito que devido a estas dificuldades tem afetado o meu desempenho, ao passo que quando eu vou à uma aula para iniciantes propriamente dita, isso não acontece. Devido a esses problemas, tem dias que não sai nada, às vezes fazer diagonal é um suplício. É claro que eu vou errar mais. Eu estava vendo a entrevista do David Howard e ele retrata muito bem este contexto e fala abertamente dessas dificuldades (isso quer dizer que não é uma percepção minha, e sim uma realidade). Na verdade a classificação “adulto iniciante” (para mim é apenas a designação do nível acadêmico ao qual o aluno pertence) me incomoda menos do que a expressão “bailarina adulta”, porque claro, sem dúvidas os adultos vão evoluir, e já conheço alguns que já estão no nível intermediário. Assim, como eu já fui jogada para o escanteio literalmente — não é uma percepção — eu realmente eu rejeito e fujo de qualquer rótulo que me faça lembrar que eu pertenço à uma categoria diferente. O problema é que se a gente não chamar o ballet para adultos de ballet adulto, a gente vai chamar de que? Mas sem dúvidas eu valorizo muito o trabalho do professores de “adultos”. Não sei se é mais fácil ou mais difícil, pois além de ensinar tudo ainda tem lidar com esses questionamentos. Se não valorizasse, primeiro, eu não fazia ballet, eu já teria voltado para a academia de ginástica) e segundo eu não perderia meu tempo escrevendo essas coisas para Cássia e não dividiria com ela o que eu aprendo. No final das contas a gente discute, discute… mas eu acho que a gente está mesmo falando de auto-estima, foi isso que eu quis dizer. Desculpa mais uma vez.
Mais uma vez, me perdoa, eu não falei em relação à marca, mas sim, eu fujo de qualquer coisa que me faça lembrar que eu pertença a uma categoria diferente.
Ju, só um comentário: tenho certeza que a Karen entendeu que você não falou da marca, ela só explicou por que ela utiliza o termo “ballet adulto”. Sossega, querida. As coisas são mais tranquilas do que você imagina. 😉
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MEGA BLASTER UBER FELIZ E EMOCIONADA E HONRADA!!!!
OBRIGADA!
Fazer parte do blog de melhor acervo de ballet clássico com comentários e pensamentos que condizem com os meus é de fato uma honra.
Muito obrigada Cassinha e que os seus, os meus os nossos passos sejam sempre em busca da melhor qualidade de estudo, ensino e divulgação da arte do ballet clássico.
Com amor,
meu Reverence,
Karen RIbeiro
BalletAdultoKR® – Seu sonho levado a sério. (porque pessoas como você Cassinha o levam a sério também!)
obrigada… ;ó)
Juhjuh,
Cassinha vou responder para ela tá?!
O bailarino deve ser levado a sério e ter seu ensino levado a sério desde o momento em que pisa na escola, aí ele começa a se profissionalizar.
Desde que esta escola tenha seu ensino voltado a isso.
Como faço para saber se a escola que eu to é assim?! – vamos por partes:
1. A ESCOLA que vc tá oferece: dança do ventre, dança clássica inciante adulto, jazz infantil juvenil e adulto, contemporâneo adolescente, ballet temperado, zouk, tango, pilates, yoga, sei lá gente uma porção de coisas, não quer dizer que seu professor o leve a sério MAS ESSE ESPAÇO NÃO É PROFISSIONALIZANTE (e isso não quer dizer que não tenha boa qualidade de aula, quer dizer apenas que não é profisisonalizante). Porque com uma grade dessas e uma quantidade tão grande de ofertas a escola não pode investir adequadamente na profissionalização desses alunos. Porque precisa investir no ensino continuado de seus professores (que no caso do ballet para ter alto padrão técnico e de escola custa muito caro, e geralmente temos turmas de ballet adulto iniciante com 5 a 15 ou 20 alunos, enquanto a de zouk ta bombando. Ou seja a escola investe em quem?! Um em quem traz mais alunos neste momento (e não em quem possivelmente trará), dois zouk é mais barato que ballet em todos os sentidos. Para a dita escola de dança, sala de dança, studio de dança existe um custo benefício alto a se pagar, nada nasce do nada.
2. Veja se seu professor conhece seu corpo, ou a equipe dele o conhece. Como eu sei isso? Um bom professor assume suas dúvidas e não saberes, mas antes de tudo ele está preparado para recebe-lo e transforma-lo no melhor que ELE puder te transformar. O bom aluno se transformará no melhor que ele e seu professor já pensaram em transformar!
3. Não temos muitas escolas assim… porque escolas que dão aulas para crianças não pensam em transformar seus alunos em profissionais que só vivam disso. Essas escolas dão o melhor de si e levam seu trabalho e seus alunos a sério porque o ENSINO É UMA COISA SÉRIA, e arte faz parte da EDUCAÇÃO. Se vc vem algum dia a optar em transformar essa parte da sua educação em seu ganha pão (ou seja profissão) é estará apto a desenvolver com o conhecimento necessário vai da dedicação e empenho do aluno. Afinal se ele quer fazer medicina ele estuda para entrar na USP ou UNICAMP e não na UNIESTRADA, certo?! rsrsrs desculpa o trocadilho.
Boas escolas de formação para adultos… existem poucas. Porque ainda existem poucos adultos profissionais que se dedicam a aprender o sistema de ensino da metodologia do ballet para seus patrícios/ outros adultos… rs
Meio que: o mercado de procura abriu agora, e a oferta ainda é pequena na qualidade, só isso. Hoje ainda é necessário para muitos se deslocarem de longe para buscarem essa formação, seja ela para onde for o que importa é a seriedade do ensino desta arte.
bjos
Vamos polemizar! rsrsrs
BALLET ADULTO INICIANTE = venda. mercado. marketing.
Ou seja muitas escolas anunciam ballet adulto iniciante, achando que o fato de dizer que são iniciantes vai tranquilizar a adulta (maior de 18 anos que nunca dançou o ballet clássico ou o fez quando muito criança) ao adentrar em um studio onde outras faixas etárias são prioridades da escola.
BALLET ADULTO INICIANTE = diferenciar que adulto como termo usado em festivais de dança pelo Brasil afora e exterior seja o nível avançado pressupondo que o tal bailarino adulto já passou pela formação completa. Pois normalmente um festival é como uma feira, as escolas vão mostrar seu produto, e dizer aos inúmeros consumidores sua qualidade ou falta de (vergonha alheia em muitos casos).
Bom, eu sou uma escola (ou melhor a primeira escola da América Latina) a priorizar o adulto NA SISTEMATIZAÇÃO do ensino da metodologia do ballet clássico. Ou seja não só o priorizo dentro da escola bem como meu sistema de ensino tem seus recursos voltados ao aprimoramento de meus profissionais com essa visão.
Minha propaganda é minha (graças a Deus, apesar de meu nome ser mais de R$10,00 o clique no Google, rsrsrsrsrsrsrsrsrs) e diz apenas: BALLETADULTO (KR® – hihihihi), mas porque, porque eu sou uma escola voltada apenas a isso. E não uma escola querendo abocanhar um pedacinho de adultos que querem fazer ballet independente do que irão fazer com esse conhecimento.
Acredito Cassinha e compreendo que para nós (eu, vc e muitas parecidas) é um pleonasmo, porém é a forma que muitas academias de ginástica, dança (todas as modalidades), salas, salões, clubes acharam de atrair a atenção desse público, nós.
Eu já fiz publicidade assim até poder sistematizar o ensino da minha escola e hoje as aulas são de básico/preparatório. Iniciante é para inciados. Ou seja alguém do zero não dá conta de seguir nossas turmas de iniciante seja ele 1, 2, 2/3…
O Ballet Adulto hoje está em crescimento, o que vale perguntar é se quem se propõem a dar essas aulas está em crescimento contínuo e de aprendizagem: do corpo, da rapidez e da não rapidez das respostas. De conseguir entender os mecanismos físicos, emocionais do adulto. OU seja o ballet clássico é o ballet clássico. Cabe ao professor conhecer seu aluno: seja ele criança, adolescente ou adulto.
Cabe ao professor e à escola, compreender que esse aluno veio buscar algo mais que passar o tempo, fazer fofoca e esticar os pezinhos. (Isso ele faz no pedicure). Esse aluno veio buscar arte. Veio buscar seriedade e disciplina, veio buscar BALLET CLÁSSICO.
E esse aluno já tem coisas prontas, cabe ao professor saber guia-lo a usar da melhor forma e no melhor desempenho possível. E sim é muito mais rápido para o adulto, o problema é que o relógio do adulto é contado em dólares e reais, ou euros, e da criança é feito de segundas, minutos e horas. Ou seja o tempo é relativo na compreenssão, mas na realidade o adulto desenvolve mais rápido bem mais rápido, muito mais rápido (rsrsrs). E outra que vale ressaltar: CRIANÇA TORTA NO PALCO ERRANDO A COREOGRAFIA E DANDO TCHAUZINHO PRA MAMÃE É LINDO, se o adulto fizer igual é RIDÍCULO HORROROSO INDESCRITÍVEL.
Eu perguntaria e aí professor tá afim de levar seu aluno de fato a sério?! Então ok anuncia as aulas.
beijo Cássinha.
Concordo, sinto esse desconforto mas ao mesmo tempo sou feliz de poder ver que o ‘ballet adulto’ está ganhando espaço…talvez demore mas um dia sairemos desse rótulo!
Cássia tenho que te dizer que seu blog foi fundamental pra me dar coragem e iniciar no ballet aos 23 anos e um pouco acima do peso (isso está mudando)
Não tive oportunidade de agradecer então aqui digo: OBRIGADA!
Tive a primeira aula de clássico hoje e estou bamba e dolorida,mas é a dor mais gostosa que já senti.
Mas ainda tenho uma duvida, você falou nesse post também sobre formação profissional…sempre tive curiosidade e pesquisei mas não achei minha resposta…a formação profissional de um bailarino quando deve ser iniciada? digo, sem base alguma, do zero, ou já tendo avançado no ballet? um adulto pode tentar? onde procurar ou começar?
eu tenho um sonho e me interesso pelo assunto mesmo sabendo das dificuldades,mas ser quase uma leiga me deixa é perdida, sabe como é…evitar frustrações com informação é sempre bom!
No mais, um beijão e seu blog é maravilhoso, espero que outras pessoas como eu o encontrem pelos seus caminhos ;*
Juhjuh, eu tinha visto no seu blog quando você comprou seus itens de ballet e só não respondi as suas dúvidas porque já tinham respondido para você. 😉 Parabéns! E que seja apenas o começo. Sobre a sua dúvida, a Karen respondeu para você, mas prometo fazer um post explicando sobre a parte prática: quais cursos te habilitam profissionalmente, registro no sindicato, enfim, toda essa parte burocrática que, sim, acaba sendo cobrada de uma maneira ou de outra. Pode ficar tranquila. E muito obrigada pelos elogios ao blog e por estar sempre por aqui.
Imenso beijo.
Eu comecei no Ballet com 13 anos e agora tenho 14 :B
Mas não pretendo ser profissional, danço porque eu acho lindo *-* … Mesmo assim eu me esforço pra dar o meu melhor. Se for pra fazer tem que fazer direito !
E quanto ao Ballet adulto … Não vejo diferença nenhuma em começar tarde, todos têm a mesma chance, basta se empenhar.
Bem, eu não comecei nem adulta, nem criança… Mas , sim adolescente, com 14 anos de idade … Hoje tenho 16 e curso o terceiro ano =)
ótimo texto, mas cássia, as vezes fica uma dúvida na minha cabeça enquanto leio seus textos, vc quer ser profissional? dançar em uma companhia ou ser professora? se sim, ia ser uma história linda e ia fazer muita gente mudar o conceito.
Rebecca, dançar em uma companhia ou ser professora já foram ideias vagas que passaram pela minha cabeça. E, numa companhia, só se eu abrisse a minha e nem seria de ballet clássico propriamente dito. Mas, para as duas coisas, eu teria muita estrada pela frente. Mas muita! Quem sabe um dia. =)
Grande beijo.
É isso aí Cassinha. Adultos também querem se divertir, ballet é um prazer em qualquer idade.
Adriano, nem comentei que adorei o seu blog e o sigo no Tumblr. Quando eu fizer o post sobre homens no ballet, que estou adiando há um tempão porque estou sem tempo de pesquisar, colocarei o seu link. 😉
Grande beijo.
Perfeito
Não sei o que aconteceu, estava escrevendo meu comentário e a tela piscou e o comentário sumiu.
Eu me frustro quando não consigo fazer alguma coisa. mas quem não? Mesmo os grandes bailarinos resentem quando não conseguem fazer alguma coisa. Todos têm limitações. Afinal ninguém é perfeito. Nureyev dançava com paixão, mas foi sempre criticado pela técnica. Parece que o en dehors não era dos melhores. A Darcey Bussell disse várias vezes que parou cedo porque não conseguia mais fazer tudo com perfeição. Do contrário teria continuado mais.
Eu queria dizer que concordo com você que dança é dança. Já te expliquei sobre minha dificuldade de interação em aula aberta. Mas me encanta ver que o professor não faz distinção entre os iniciantes os profissionais da dança. Daí quando eu danço eu me sinto plena. O respeito é o mesmo, a seriedade é a mesma. As correções aplicam-se a todos. Já o vi corrigindo a postura de muito bailarino, o en dehors, um tendu a la seconde de forma a não sobrecarregar o quadril, tudo pela saúde do corpo e da técnica.
Existem várias metodologias entre as grandes escolas. A forma de se ensinar piruetas em Cuba é completamente diferente de como se faz na Escola de Dança da Opera de Paris. Os russos têm sua maneira peculiar de ensinar e Balanchine mudou a perspectiva do ballet clássico nos Estados Unidos. Mas o ponto é que todas ensinam ballet clássico. O assunto da diferença entre a metodologia não necessariamente surge na imprensa quando um caderno cultural de um jornal anuncia um novo espetáculo.
Eu sei que a metodologia no ballet adulto é diferente, mas confesso que esta nomenclatura me incomoda. Para ser sincera, eu acho me incomoda ser chamada de bailarina adulta porque o eu acho o termo limitante. (nem Baryshnikov gosta de ser chamado de bailarino, nem Sylvie Guillem gosta de ser chamada de bailarina clássica – Ela disse que a dança contemporânea para ela é apenas algo que ela acrescentou à sua forma de dançar. Portanto tem o mesmo valor que uma peça clássica). Eu apenas gosto de dançar e de falar sobre dança. Não me vejo como tal. Será que o termo bailarina adulta poderia ser comparado ao termo crianças especiais? Evita-se falar em crianças retardadas porque é pejorativo. Mas falamos em crianças especiais. Sim, crianças especiais têm necessidades especiais ou diferentes, mas para mim criança é criança. Eu acho que se eu tivesse tido algum problema mental na infância, não gostaria de ter sido rotulada de criança especial. Talvez o termo ballet adulto seja pleonasmo sim e o rótulo me incomoda.
Ju, o meu questionamento foi sobre o termo “ballet adulto iniciante”, simplesmente porque o senso comum acredita que um adulto não poderá ir além. A metodologia no ballet adulto não é diferente, o que existe é conhecimento do corpo humano e adequação para o adulto, da mesma maneira que acontece para o corpo de crianças e adolescentes. Um professor tem obrigação de conhecer essas diferenças para saber o que exigir e como exigir tal movimento de um aluno. Eu, por exemplo, estudo segundo o método russo. Sou cobrada da mesma maneira que seria se fosse mais nova. Sobre o termo bailarina adulta ser comparada a crianças especiais, acho que você foi bem longe. Até porque, o termo é usado para designar simplesmente quem começou mais tarde e nem sempre é utilizado. Ballet adulto não é rótulo, eu expliquei o motivo da sua existência, mas isso só vale nos estúdios, porque ninguém diz “eu faço ballet adulto”, dizemos “eu faço ballet clássico”. Além disso, ballet não está associado diretamente a adulto, por isso, não pode ser pleonasmo, não é redundância. Calma, Ju, você foi muito além na questão. Relaxa. Somos todos bailarinos e nada além disso.