(Antes de mais nada, para que não haja erro de interpretação: O texto não se refere especificamente às professoras que já me deram aula. Falarei de uma maneira geral, pois a maior reclamação no blog diz respeito à conduta das professoras de ballet.)
Há pouco mais de um ano, fiz um post sobre a professora de ballet. Falei sobre as características que faziam sentido para mim. Um ano depois, outro item também faz parte da minha lista: a postura em sala de aula.
Dia desses, na comunidade Ballet Adulto no Orkut, surgiu a discussão sobre exigências das professoras. Concordo que devam existir, aliás, regras existem em qualquer lugar. A questão é: O que legitima essas exigências? Os alunos a aceitam pelo simples fato de virem de seus professores?
Um professor exigente nem sempre é respeitado. Muitas vezes, pode ser temido. A diferença está na postura desse profissional. Sim, porque sala de aula, para ele, é ambiente de trabalho.
Há professoras que só sabem exigir, mas não agem como exemplo para seus alunos. Querem todos uniformizados, mas se vestem de qualquer maneira. Exigem coque, mas seus cabelos estão desgrenhados. Querem todos em pé enquanto esperam pelos exercícios individuais, mas se encostam na parede como se morressem de cansaço. Querem silêncio, mas gritam. Esperam educação, mas falam palavrão (sinto muito, mas sala de aula não é bar). Exigem pontualidade, mas chegam atrasadas. Inflam para demonstrar seus conhecimentos técnicos, mas depois descobrimos que cometem erros básicos. Reclamam que os alunos não se comprometem com o espetáculo anual, mas sequer sabem coreografias de cor.
Estou sendo exigente? Sim, estou. Porque eu me exigo como aluna. Sou dedicada, não falto, decoro coreografias facilmente, leio livros técnicos de ballet, pesquiso vídeos, chego no horário, faço aulas de coque e com roupas apropriadas. E eu pago mensalmente para isso. Sendo assim, espero que um profissional que ganha para tal tenha uma conduta muito melhor do que a minha. Aliás, não se enganem: escolas de ballet prestam serviço. Todas nós temos o direito de ter um ótimo curso e sermos bem tratadas. Quando a gente se esquece disso, aprende menos do que merece e depois se sente a pior das bailarinas.
Para mim, uma das coisas mais legais nas aulas de ballet é olhar para uma professora e pensar: “Um dia, quero ser uma bailarina assim”.
É o que a Alina Cojocaru deve pensar toda vez que é ensaiada pela Natalia Makarova no Royal Ballet.
Meu maior medo é acabar em uma escola ruim…
Priscila, não precisa ter medo. Se acabar em uma escola ruim, é simples: mude para uma boa escola. Elas existem e devem ser valorizadas. 😉
Grande beijo.
Não é bem assim! A idade anuncia e evidencia o tempo que se viveu…Mas quando temos um sonho,penso, ele deve ser realizado mesmo que para isto tenhamos que conviver esbarrando em preconceitos dissimulados em forma de desculpas que não são convincentes.O melhor que podemos fazer é passar por cima dos falsos elogios,não colecionarmos tristezas e procurar sempre estar em busca de tecnicas e metodos que nos ajudem a nos tornamos mais graciosas nesta maravilhosa arte que é o Ballet Classico.Estarmos convictos de que a dança é movimento de corpo e espirito envoltos na sonoridade de belos classicos ,já é o bastante para não consideramos os olhares que veladamente nos criticam sem saber o verdadeiro motivo que nos move – amor .
adoro balett e todos os passos dele.pois adoro balett por que danço . dia 28 vou me apresentar aqui em smo…xau bjo bjs bj ASS:Keliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii fuiiii!!!!!!!!!!!!!
Oi Ana…
Lendo tudo o que foi dito por ti e pelas outras pessoas, apenas reafirmo minha posição como professora…o que tem que mudar não só em se tratando de dança, é a comunicação entre as pessoas. No meu caso específico, dou as minhas alunas, liberdade de falar tudo o que pensam em relação as aulas ,a mim e as colegas e vejo o exemplo como um elemento primordial para um bom aprendizado. Você ensina mostrando,assim como aprende fazendo!!! Mas sinto também que a relação aluno professor sofre muito a influência das mães (principalmente) que se magoam as vezes com a maneira como a prof. aborda sua filha e acabam por causar uma ruptura nesse relacionamento. Acho importante que a prof. mostre a suas alunas sua personalidade social e não só profissional, tornando a relação mais próxima e automaticamente mais profunda e verdadeira.
Também penso desta forma.
Um pouqinho polêmico Cássia. Eu li seu post e concordo com a maioria das idéias contidas nele. Porém, como sou profa. também sei que existe o outro lado da moeda… que é o que achei que faltou (não é uma crítica, pois vc expôs sua experiência, claro) mas fiquei com muita vontade de ir mais a fundo e escrever uma segunda visão do seu artigo. Beijão! Ana
Ana, eu coloquei só um lado da moeda porque conheço apenas um lado. 😉 Eu sou aluna e a minha questão é como espero que uma professora seja, como me sinto melhor numa sala de aula. Já passei por três professoras, fiz aula experimental com uma quarta, em apenas dois anos e meio. Todas muito diferentes uma da outra e, com isso, já descobri qual o melhor perfil de professora para o meu perfil de aluna. Sinta-se à vontade para escrever a sua visão do assunto. O bacana é isso, conhecer os vários pontos de vista.
Grande beijo.
Olá, Cássia! Beleza?
Gostei muito do seu blog. É informaivo e expressivo. Você disse que lê livros técnicos de ballet, vc poderia me indicar algum? Não tenho nenhum.
Desde já obrigada…Parabéns pelo blog!!
Beeeijo.
Roberta, a meu ver, os dois livros técnicos básicos de toda bailarina são: Princípios básicos do ballet clássico, Agrippina Vaganova, e Curso de balé, Royal Academy of Dancing. O primeiro é muito mais fácil de ser encontrado em inglês, em português você só achará em sebos. O segundo é muito fácil de encontrar em português, só pesquise bastante porque o valor costuma variar bastante entre uma livraria e outra. Eu tenho os dois e aprendi imensamente.
Grande beijo.
oi cassia, sabe vc está certinha….
se dê o respeito para ser ser respeitado,e mais dê o exemplo… bjsss….
Pois é Cássia, nem sei o que comentar…
A verdade é que concordo com tudo o que tu dizes, e acho que só agora é que abri os olhos para algumas coisas que a minha professora faz, e que não deveria fazer.
Embora seja muito amável, por vezes grita muito connosco, especialmente com as meninas mais pequenas que não conseguem fazer as coisas bem feitas. Inclusive, já a apanhei uma ou duas vezes a insultar uma menina, chamando-lhe burra.
Concordo que exija de nós, mas há limites, e se ela não os cumpre, então não tem motivos para exigir o mesmo a nós.
Na maioria das vezes não vem equipada, exige silêncio mas também grita, vem atrasada (se bem que não se incomoda muito em virmos igualmente atrasadas. )
Contudo, não sei como falar com ela sobre isto, sem a magoar ou ser incorrecta com ela, pois tenho receio que isso também influencie na minha consideração por ela…
Olá!!
Adorei seu post e concordo com vc em todas as palavras q escreveu…
Dedicamos o nosso tempo, e esperamos o mesmo da professora, queremos sim respeito, dedicação, postura profissional e ética etc etc, assim como nós o fazemos tbm..
Gosto mto da postura da minha professora, ela é exigente sim, mas sabe ser de modo certo, sem exageros, sem gritos, sem falta de respeito.
Ela corrige qdo tem q corrigir, mostra detalhadamente cada movimento que deve ser feito, exige os cabelos presos (mesmo pq fazer aula de cabelo solto é uó!), exige roupas apropriadas para o ballet, mas não exige cor ou modelo e ela odeia as nossas sainhas pois quer ver de perto nossas virilhas, coxar, quadris, se realmente estão encaixados…
Olha Cássia, eu realmente não tenho do que reclamar!!!
Mais uma vez amei o post!!
Beijinhos.
Oi Cassia, gosto muito do seu blog e concordo com muitos dos seus pontos de vista. Voltei também a dançar ballet agora e sinto falta de um livro tecnico no qual possa me basear até para estudar em casa, você me indicaria um?
um abraço!
Concordo com tudo! Exigências têm que fazer sentido, se não, é contraditório. Você não consegue respeitar uma pessoa que não faz o que fala, né.
Minha profa. sempre se desculpa quando a sapatilha está rasgada, ou quando veio de outro lugar e tem que dar aula com tênis de dança. Sempre mostra os exercícios pra gente, a não ser que esteja machucada. Não vai de coque, mas o cabelo está sempre preso. Adoro o fato de ela não gritar. Ela explica mil vezes a mesma coisa: pára o exercício e explica, as vezes até um pouco irritada, mas não gritando. Odeio quando gritam comigo… Imagine se ela gritasse o tempo todo! Existem várias profas assim. Prefiro muito mais que parem o exercício no meio e expliquem.
Minha professora chega sempre na hora, não fala palavrão (uó falar palavrão, né??).
O que acho mais legal: conta suas histórias e experiências.
Ela e a irmã são donas da academia e vestem a camisa mesmo!
Enfim… não tenho do que reclamar. Faço ballet num ambiente maravilhoso! Desejo isso para todas. E se não têm, acho que devem procurar. Como você mesmo, Cássia, procurou. Deve estar mto mais feliz agora.
Beijos!
Como é verdadeiro isso Cassia. Sou muito organizada, pontual e sempre bem vestida para dar e fazer aulas. O Ballet em toda sua rigidez de tecnica e regras exige no minimo isso que vc descreveu. Tanto dos professores qto dos alunos.
O dificil é vc exigir que as crianças venham de coque(toda aluna nova, a mãe recebe um bilhetinho de “Como fazer um coque”, que eu pesquisei em sites), exigir roupas claras para fazer aulas, exigir pontualidade pra não perder o início do aquecimento, não deixa-las sentar no chão ou se jogar nos colchonetes qdo a aula dá uma paradinha pra trocar o Cd ou coisa que o valha(podem sentar pra fazer borboleta enquanto volto) e o proprietário da academia(de ginástica diga-se de passagem e não de ballet), me diz que eu tenho que ser mais flexível, e aceitar:
-Com aquele calor de rachar coco, a criança vem com o cabelo meio preso e meio solto todo jogado nas costas;
-Vem de meia amarela ovo pq dançou no final de ano com ela;
-Chega atrasado mais de 10 minutos e vc não pode falar nada, senão a mãe se ofende e a academia perde aluno;
Continuo exigindo com risco de ser convidada a me retirar.
Se der tudo certo Cassia, monto minha própria sala de aula e assim poder exigir o minimo exigido para a pratica do Balé.
lindissima a foto 🙂
Cássia, muito obrigada por eta publicação, serviu diretamente pra mim….vou começar a abrir meus olhos como professora, e ter mais policiamento dentro das minhas aulas.
Adoro visitar aqui Um bjão
Cássia, sempre gosto de ler seus artigos e perceber como você é preocupada com o ensino do ballet, com a disciplina que é inerente ao ballet, sem que o professor precise, por isso, se mostrar tirano ou vulgar.
Um abraço.