Há tempos eu venho pensando sobre isso. Seja cá com meus botões, lendo sobre o assunto, acompanhando discussões na comunidade Ballet Adulto no Orkut. A minha questão é: e quando não queremos ser profissionais do ballet?
Em relação às professoras, acho que elas devem nos ensinar da mesma maneira, não importa o que a gente queira. Porém, independentemente da idade, qualquer dança escolhida não carrega esse “fardo”. Posso dançar flamenco e me profissionalizar, se quiser. Posso fazer dança do ventre e me profissionalizar, se quiser. Posso sapatear e me profissionalizar, se quiser. Mas isso não está implícito. Posso seguir adiante, se quiser, ou manter o meu hobby, fazer minhas aulas semanais, sair da aula feliz e dançar no espetáculo de fim de ano. Pronto.
Já o ballet é diferente. Bailarinas assim são 24 horas por dia. Querendo ou não, nos vemos assim, e as professoras nos veem assim. As aulas semanais nunca são suficientes. Temos de pensar ballet o tempo todo. Dançar mentalmente o tempo todo. Se emocionar com o ballet o tempo todo. Estar com a sapatilha mesmo quando estamos descalças.
E quando não é isso que a gente quer? E quando queremos apenas dançar?
Alessandra Ferri em Romeu e Julieta.
Foto: Fabrizio Ferri.
O ballet não é mais o meu sonho de criança, é minha realidade de mulher adulta. Não suspiro com as variações, mas penso naquelas que desejo dançar. Não perco o sono quando não consigo algo, mas me sinto desmotivada por ser exigida além do que posso dar.
Eu não quero ser uma bailarina profissional, não importa se numa companhia, sendo professora ou pesquisadora. Eu sou revisora de textos e estou satisfeita com o meu trabalho. O ballet é o meu hobby, é para eu relaxar, pensar em outras coisas, não ter preocupações. Então, por que me preocupo o tempo todo? Por que exijo algo que não quero? Por que sofro por não conseguir o que não sonho para mim?
Eu só quero dançar. No ballet, será que posso fazer “apenas” isso? Porque, se não der, talvez eu esteja no caminho errado.
eu estou fazendo balé ser bailarina e o sonho da minha vida pena que só ano que vem vou passar para a sapatilha de ponta mas mesmo assim eu não acho q eudeva desistir sabe pq e q eu sei que mesmo ainda não tendo a sapatilha de ponta eu ja sei q ja sou uma bailarina pq acho q quando vc calça uma sapatilha vc ja é uma bailarina independente se e de ponta ou não então quero q saibas eu sou uma bailarina!!!
Eu sei como se sente. tambem me sinto assim, principalmente quando não consigo fazer algum passo ou alguma variação e minha professore briga… voce sente como se seu esforço nunca vai ser suficiente, como se não importa o quanto você se dedicar, vc nunca vai chegar lá. e realmente, a ficha só cai quando vc começa a levar ballet a serio, mas eh tarde de mais: vo^cê não consegue mais viver sem essa dança, como se ela fizesse parte de vc. mas eu acho que voce deve fazer o que te deixa feliz. mas nãose esqueça: o caminho para a verdadeira felicidade nem sempre é o mais fácil. pense bem antes de tomar uma decisão comprometedora, pois as vezes todo o sofrimento, a exigencia com sigo mesma e as lagrimas podem ou não valer a pena… um abraço e boa sorte.
“O ballet não é mais o meu sonho de criança, é minha realidade de mulher adulta. Não suspiro com as variações, mas penso naquelas que desejo dançar. Não perco o sono quando não consigo algo, mas me sinto desmotivada por ser exigida além do que posso dar.” Me definiu, Cássia 🙂 hehehe
Thaís, belíssimo o seu comentário! Obrigada, me fez repensar algumas coisas, de verdade.
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Vanessa, eu recebi o seu e-mail mas não tive tempo de responder com o cuidado que você merece. Pode deixar que responderei, prometo!
Beijos.
Olá Cássia, por acaso recebeste o meu mail? bjs
Se serve de consolo, Cássia, o que faz uma bailarina ser uma bailarina não é a obrigação de ser tornar a Prima Ballerina de alguma companhia famosa, mas a disciplina, a vontade e a dor que simplesmente amamos. Faz parte de nosso universo. Duvido. DU.VI.DO que os praticantes de outras modalidades tenham tamanha dedicação pela dança. E acredito sinceramente que este sentimento de tamanha lealdade nos ensine a ser seres humanos melhores. Porque, pra mim, a dança é isso: me faz um ser humano melhor!
Heydi, estou te devendo um e-mail decente, né? Prometo que escreverei ainda hoje, palavra de bailarina!
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Carol, eu gosto de responder porque vocês tem o trabalho de vir aqui, ler o post, comentar, muitas vezes abrir o coração, dar opinião, concordar ou discordar, então acho um gesto de carinho responder aos comentários. 😉
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Charm, o fato de eu ter começado tarde não “subentende” que eu não serei profissional, até porque, aqui há várias e várias bailarinas que começaram mais tarde e estudam muito para a profissionalização. Talvez não encontrem claramente os meios para isso, mas querem sim, e eu admiro muito isso. Apenas eu que não quero. Mas eu concordo nisso, de que há quem esqueça o ensino da arte da dança, que está muito além da técnica. E que bom que gostou daqui, volte quando quiser.
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Thays, você é sempre uma fofa e comenta aqui desde que o blogue era um neném. E eu que agradeço, pelos comentários, por compartilhar as experiências, por repensarmos todas juntas o que o ballet significa na vida da gente.
Doce beijo.
Cássia!
É sempre enriquecedor visitar seu blog! Os seus questionamentos são muito importantes pra revisar todo o “pacote” que vem com o ballet!
Como qndo conversamos sobre o nervosismo em apresentações e o medo de errar no ballet, parece que essa arte carrega culturalmente toda uma “mística” que “compramos” qndo entramos nesse mundo e é algo tão arraigado que acho que não faria essa reflexão espontaneamente, sem a ajuda dos seus textos!
Fico muitíssimo grata por vc compartilhar suas reflexões!
Abraços!
a melhor coisa para se fazer neste momento é você conversar com a sua professora sobre os seus sentimentos para com a dança. Sinceramente, vc deve dançar bem pois se dedica para isso. Uma boa conversa com ela fará muito bem a você.
Aliás, sobre as piruetas do outro post, vc já leu o livro Adeus, China¿ Pois lá ele fala em como estudar cada movimento comparando com a degustação de uma manga… vale a pena conferir… Um abraço e nunca, nunca jamaais desista de seus sonhos!
Você tem que ser o que quer. Se você começou a fazer ballet “tarde” já está subentendido que você não pretende dançar DonQuixote profissionalmente. Você foi em busca de aprendizado e de experiência de palco e da idéia correta do que seja a arte da dança. O problema é que alguns profissionais do ensino de dança enxergam apenas o rigor da técnica como ferramenta de ensino e esquecem completamente do ensino da arte da dança. Cabe a você escolher o profissional que quer como professor.
Gostei do seu blog.
[ ]´s
Charm QGP
Passei aqui de nvo porque sei que vc responde os comments (e acho isso mto legal).
Beijos!
Oi, Cassia meu e-mail pra você e pra quem quiser conversar, trocar ideias, e sugestões sobre qq coisa…..hehehe……………já sou velhinha e posso passar algumas agruras femininas e pessoais……….rsrs………….bailarinadepano@yahoo.com.br………beijois te adoro
Carol, eu sabia sim. 😉 Eu sempre leio os comentários antes, por e-mail, hehehe. Então, dá para perceber a postura da sua professora pelo simples fato dela abrir para as alunas a possibilidade de vocês escolherem um tema para a apresentação, pensarem na música, no figurino. Sem dúvida, deve ter sido bacana para você perceber que uma ideia sua tomou forma, assim como outras meninas provavelmente terão ideias colocadas no palco. E, sim, a Ká tem outra postura, eu já tive aula com ela e é realmente diferente. Mas o que me fez falar tudo isso no post não foi nada específico, foi mesmo quando parei para pensar no assunto de tanto ler e ver por aí. Sabe quando a gente tem um “plim”? E, olha, podem até não falar, mas acho sim que muitos professores nos veem como não-bailarinas. Não apenas elas, mas muitas das bailarinas por aí, viu?
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Jessy, você quer ser professora de ballet e, particularmente, acho sim que você consegue. Converse com a Karen e a Heydi a respeito. Talvez o problema maior seja outro: o preconceito que você sofrerá pelas demais professoras que estudaram aaaaaanos e, imagina, como chega alguém e vai dar aula? Eu fiz um ano de dança do ventre e passei por algumas professoras e nunca elas “baixaram” a qualidade do ensino, pelo contrário, uma nos ensinava como se saíssemos dali para o palco, mesmo sabendo que, pelo menos na minha turma, ninguém queria isso. E era o que eu achava mais bacana. Com certeza, isso será um ponto a favor para você: suas alunas serão alunas de ballet da mesma forma, não importa o que queiram na dança.
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Obrigada, Brenda. Então, pelo jeito, você passa pela mesma coisa ou se sente da mesma forma, não é? 😉
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Heydi, depois te mando um e-mail contando sobre a minha experiência como professora de teatro para crianças, numa ONG onde eu tinha de seguir a “pedagogia do ideal”, em que cada educador tinha de lidar com o ideal pessoal de cada criança. Aprendi muito e talvez por isso ache estranho quando os professores olham para os alunos como sendo todos iguais. E muito bacana você se permitir olhar o texto com carinho e repensar o que todas disseram aqui. 😀
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Leticia, muito bacana o seu comentário! Porque é assim mesmo, temos outras prioridades, nem sempre temos tempo, e mesmo assim queremos seguir com as nossas aulas de ballet numa boa. Acho que estou mais ou menos com o seu pensamento de quando você corria, o prazer está se perdendo… E bacana a escola onde você faz aulas, nem todo lugar tem essa visão de ballet para adultos. Bacana mesmo!
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Simoní, nenhuma mulher vai atrás de aulas de ballet porque não gosta. Nenhuma mulher enfrenta um bocado de agruras pelo ballet só por fazer. O fato de não querermos a profissionalização não significa que não amamos a dança, tampouco que não nos dedicamos com afinco, só não o vemos como prioridade. Aí está o grande erro quando nos olham com outros olhos. E obrigada pelos elogios. 😀
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Keylla, entendo o fato das professoras respirarem ballet desde pequenas. Mas isso é algo delas. Nenhum educador deve jogar em seus alunos as suas expectativas. Daí que eu acho que as professoras deveriam estudar didática, viu? Como a Karen e eu conversamos uma vez: uma coisa é ser bailarina, outra coisa é ser professora. Quem não sabe a diferença, não está preparada para dar aula.
Beijos em todas.
bem eu acredito que essa cobrança existe pq as professoras respiram ballet desde de pequenas então colocam em cima de suas pupilas toda a vontade que elas tinham quando estudantes de se profissonalisar e ter o ballet não como um exercicio mas sim como o que provem o sustento (oq no Brasil é muito dificil) o problema é que assim parece que pequenas meninas são levadas para aula de ballet pra sofrer lavagem cerebral q só pq estão lá tem a obrigação de levar aquilo pra vida toda e só fazer aquilo, ai viram outras meninas frustradas que irão virar professoras que irão jogar toods os seus sonhos encima das alunas ai vira ciclo vicioso, mas eu acho que ballet não pode sr feito só por fazer pq ai não faz sentido tem que ser feito por amor a sapatilha e por amor a arte mas podemos sim sermos bailarinas aquitetas, psicólogas, advogadas ballet não é uma prisão
É estranho, minha professora vez ou outra para a aula para chamar atenção sobre este assunto, ‘Por que fazemos Ballet?’ apenas por fazer ou porque realmente gostamos, sentimos e estamos ali de fato desempenhadas a aprender?
Acho que o lance de não querer se profissionalizar você esta certa, já tem sua profissão e carreira formada, esta também não é a minha escolha, mais acredito ao fazer ballet somos motivadas pela paixão e pelo beneficio que ele proporciona, no meu caso principalmente no lado emocional e psicologico, são mudanças que foram trabalhadas a cada aula, a cada lágrima e a cada superação.
Não te julgo por fazer aula por fazer ou não, acho que isso vem de cada pessoa e em qualquer outro tipo de modalidade; acredito que que a diferença do Ballet é que quanto mais nos vemos dentro desse mundo mais queremos nos aprofundar nele, mesmo com todos beneficios ou até malefícios que ele nos traz.
Beijão, adoro seus textos, você escreve muito bem e consegue tranparecer sempre sua verdade neles!
^^
Oi Cassia!
Adorei o seu texto mais uma vez e me vejo bem dentro da sua reflexão… também tenho quase 30 anos, sou realizada profissionalmente (sou arquiteta, fiz mestrado nesta área e pretendo continuar atuando como tal). Ao mesmo tempo gosto do ballet, me dedico dentro das minhas limitações (a principal é o tempo…) e tenho várias prioridades na minha vida, que não o ballet (família, namorado, amigos). Não pretendo me profissionalizar, mas pretendo continuar praticando e evoluindo. Engraçado, que senti esta mesma cobrança quando corria (fazia provas 2x por mês e treinava 6x por semana), mas isso me desgastou… não fisicamente, mas perdi a vontade de fazer. De repente, percebi que estava neste rítmo mais pela cobrança do que por prazer.
Passei também por uma escola de ballet, que eramos vistas (as alunas adultas) como “bailarinas de segundo plano” porque não iriamos nos profissionalizar. Hoje estou em um lugar que não sinto esta diferença, por ser uma escola que se dedica muito às turmas de adulto. Isso foi bom, tanto para a minha adaptação como aluna, quanto para os meus objetivos a médio prazo.
Como tudo na vida, acho que temos que exigir o que nos faz feliz. Se a sua felicidade está em se dedicar, sem profissionalizar, mas ser respeitada com uma pessoa que busca se aprimorar… vá atrás disso! Não temos que nos adaptar e sim buscar lugares adequados para nós, que nos propiciem desenvolver.
Enfim, podia passar horas escrevendo sobre isso… que na verdade era só um “apoio” à sua opinião.
Bjos!
Cassia, respondendo sua pergunta: Claro que sim, ela tem toooodo o direito de estar lá e elas já são bailairnas sim, com certeza. Eu como professora preciso me avaliar sobre isso. Não posso exigir algo delas que está dentro do meu coração, tenho que me atentar aos desejos de cada aluno, e aceita-los. Esse tema mexeu comigo como profissional. E sabe do mais meninas? ADOOOOOOORO qdo algo nos faz pensar e melhor ainda qdo nos faz mudar.
Ameeeeeeei o seu texto; fiquei ate emocionada!
Eu concordo plenamente contigo, e acho q a dificuldade existe tanto pra quem quer, qto pra quem nao quer se profissionalizar. Depois do preconceito de idade superado, e a consolidaçao do ensino de ballet pra adultos, vem a duvida dos professores e escolas: como eu “trato esse caso?”… hehehehe.. acho q isso do ensino do ballet pra adultos, sendo algo mais “recente”, obriga os professores a raciocinar em cima disso, e nao somente a respeito de alunas da nossa idade, mas tb akelas crianças e adolescentes q tb fazem o ballet como recreaçao, sem intensao de profissionalizaçao…
Meu caso eh o contrario do seu, eu quero me profissionalizar, mas, por N motivos, nao sei se vou conseguir… Obviamente q nao quero ir pro exterior dançar no Kirov… mas quero dar aulas, ateh pq, jah sou professora de dança do ventre ha 1 ano e meio. E lendo o seu texto, lembrei de cada aluna minha, dedicada, q estuda, nao falta aulas, mas nao quer se profissionalizar… Alias, ateh hj, apenas uma delas demonstrou esse desejo! Da mesma forma, nao vou diminuir a qualidade do q eu ensino, soh pq elas nao querem se profissionalizar, nao eh mesmo? Qto ao ballet, a rigidez no seu ensino eh historica, houveram epocas em q beirava a humilhaçao! Hj em dia temos perfis diferentes de escolas de dança, e eu realmente espero q isso venha a contribuir pra q nossos objetivos com a dança (sejam eles quais forem), sejam respeitados, tanto pra quem quer, qto pra quem nao quer se profissionalizar. Bom, jah me alonguei demais… hehe.. fico por aki! Bjos!
Pensei na definição de “bailarina”. Bailarina é só quem quer ‘seguir o sonho’ ou ser profissional? Será que os professores nos consideram ‘não-bailarinas’ só porque queremos aprender a arte, mas nada além disso? E por que isso os desanima, o que há de errado nisso?
(vc sabe que a Carol de cima não fui eu, né? haha)
Mas por que no ballet tem que ser diferente, né? Por quem “temos” que pensar no ballet o tempo todo? Se queremos apenas dançar, todas essas exigências se transformam em pressão. O ballet adulto tem suas diferenças e as professoras deveriam conversar com as alunas para entender por que cada uma está ali. Claro, o ensino deve ser o mesmo para todas, mas a cobrança exagerada pode ser desnecessária para algumas. Bom, a minha professora não me exige desse jeito. Talvez por isso eu não tenha passado pelas coisas que te fizeram desabafar nesse post. Mas eu acredito que exista muitas professoras por aí confundindo as coisas. O ballet adulto ainda é uma coisa nova e nem todo mundo se especializa como a Ká para entender. Você já experimentou fazer aulas em outras escolas?
Querida Heidy, adorei o seu comentário, mas daí que te pergunto: qual o grande problema dela estar ali por estar? Será que mesmo não querendo ser bailarina profissional ela não é bailarina? E não tem nada de desleixo ou falta de ambição, porque nas outras danças isso não acontece. A aluna pode ser tão dedicada quanto. Depois te mando um e-mail e a gente papeia melhor. 😉
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Barbara, mas nem sempre a pessoa quer isso, né? Ter aula todo dia ou se apaixona perdidamente.
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Carol, vou ser sincera: você foi imensamente indelicada. Eu tenho todo o direito de seguir como hobby e, como disse, continuar sendo a minha realidade. Acho que você leu o texto e não entendeu. Quem sonha não sou eu, que faz mil aulas com o intuito de ser profissional no exterior. Esse sonho não faz parte de mim. Eu prefiro a realidade, e para mim ela é outra. Agora, por que eu não tenho a sua idade e não faço mil aulas, não tenho o direito de gostar do ballet e fazer as minhas aulas? Por isso fui “traída”? Ou “traí” por não amar o ballet a ponto de largar o resto como mil meninas que passam por aqui fazem? Eu tenho de deixar o que faço por conta do ballet? Hã? Não, não tenho e não quero. Aliás, eu faço sim o que eu quiser. Porque trabalho, pago as minhas contas e tenho idade suficiente para isso. Eu tenho 30 anos, não 13.
Beijos.
Sabe o que parece? (desculpa a metáfora) Parece que você foi traída pelo seu marido mas nem por isso o deixa de amar… Não sei se foi loucura minha, mas acabou parecendo..
Olha, você tem todo direito de seguir como um hobby e continuar sonhando. Ás vezes, sonhos são melhores (e mais fáceis) que a realidade… Sei que posso estar meio errada, né? Mas faça o que quiser =D
Iiiih, sei como você se sente. Quando eu entrei no ballet, não sabia que era assim. Achei que entraria e faria aula como eu já fiz aula de tantas outras coisas. Com o tempo que veio surgindo isso, de ter que levar a sério, fazer aula todo dia, passar o dia inteiro lá, e isso e aquilo… E, nesse ponto, você já tá apaixonada demais pra largar. E ai a coisa complica…
Ai, ai, ai………….Como essa cobrança existe, né? Eu mesma me pego, as vezes, olhando para uma aluna pensnado, “mas tá aqui por estar, não quer ser bailarina, o que faço?” ou então observando uma colega de aula, e pensando “não dou mais de uma ano pra ela desistir, ela não quer se profissionalizar.”
Cássia, que complicado, hein? Para as outras pessoas, você pode até passar por relaxada, sem ambição, que faz pq não tem outra coisa pra fazer.
É verdade, cobramos isso sim consciente ou não, e qdo vemos o que vc descreveu em alguma aluna e/ou colega, parece que até sentimos um menosprezo por eles.
Vc me chamou a atenção pra isso. Tenho que me avaliar.
Temos que olhar para nossos alunos como criaturas felizes e dispostas a fazer balé, apenas isso. Sem colocar nossos sonhos, ambições, e frustações (o que é pior) sobre eles.
Essa é uma questão digna da comu adulto, não acha?